quarta-feira, 29 de maio de 2013

A Parábola do Fermento

A Parábola do Fermento é uma das mais curtas parábolas de Jesus. Ele aparece em dois dos evangelhos ,as diferenças entre Mateus e Lucas são pequenas e as duas parábolas podem ser derivadas da mesma fonte. Em ambos os evangelhos, ela segue imediatamente após a parábola do grão de mostarda, e pode-se interpretar que o Reino de Deus que cresce de pequenos começos. Enquanto Mateus relata uma simples historieta,” O reino dos céus é semelhante ao fermento, que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até que ficasse levedada toda a massa.”( Mateus 13:33) Lucas parte para uma narrativa mais dentro da proposta de aprendizado que Jesus lhes ministrava, inicia com perguntas permitindo aso discípulos penetrarem seu pensamento e contribuíssem para que a mensagem ficasse ao alcance de todos:“ Disse ,então: A que é semelhante o reino de Deus ,e a que o compararei? É semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e lançou em sua horta, e que cresceu e se tornou árvore ;e as aves do céu nidificaram em seus ramos. E de novo disse: A que compararei o reino de Deus?É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de trigo, até que fosse toda levada. E passava pelas cidades e aldeias ensinando e jornadeando.”(Lucas 13:18-22) Vocês sabem como se dá o processo da panificação? Lança-se um tanto de fermento na massa de farinha, mistura-se e espera-se que fique toda levedada, devido ao calor. Aparentemente quem vê a massa não diz que tem fermento, entretanto após algumas horas o crescimento dela acusa a presença do mesmo. O fato que nos chama a atenção na parábola é que fazer pães era costume e que utilizava-se apenas uma porção pequena de fermento, que fazia o pão crescer o triplo do tamanho ,mas tinha gosto acre e mofava rapidamente. Utilizar 3 porções representava exagero pois com essa medida daria para fazer uma média de 250 pães e era habitual fabricá-los duas a três vezes por semana. Para nós apesar de toda informação que nos é oportunizada a compreensão das coisas que se referem ao Mundo Espiritual, ainda constitui abstração, ainda encontramos dificuldade em apreende-las devido a nossa condição evolutiva. A predominância em nó da matéria sobre o espírito dificulta nossa visão. Assim o evangelho com seu potencial renovador faz levedar na “massa” dos nossos valores ideias novas, ajustadas nas bases da Lei de Amor e Justiça. Embora o fermento simbolize influências malignas em outras partes do Novo Testamento (Lucas 12:01), “Ajuntando-se entretanto muitos milhares de pessoas ,de sorte que se atropelavam uns aos outros, começou a dizer aos seus discípulos: Acautelai-vos primeiramente do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia” ele não é geralmente interpretado dessa maneira nesta parábola. Não podemos se transformar de simples e ignorante, em elevados e sábios de uma hora para outra L.E.779- A força para progredir, haure-a o homem em si mesmo, ou apenas é fruto de um ensinamento? LE.780b- Como é, que, muitas vezes sucede serem os povos mais instruídos os mais pervertidos também? L.E.784- Bastante grande é a perversidade do homem. Não parece que, pelo menos do ponto de vista moral, ele, em vez de avançar, caminha aos recuos?) Quando Jesus utiliza o fermento ele que simbolizar toda sua química transformadora. A medida que ouvimos a mensagem dos emissários do Alto, a nossa inteligência vai se esclarecendo nosso Espírito se transforma, assim o que parecia enigmático e fantasioso torna-se racional e lógico. Os ensinos do Mestre postos em nossa intimidade consciencial, faz modificar “ levedar” nossas estruturas arraigadas nas experiências repetidas inúmeras vezes e que se transformaram hábitos condicionados. Em termos de humanidade percorremos um período em que o “saber” ( ciência/filosofia /religião) era estudado separadamente e restrito a um grupo (clero dominante) que determinava o que podíamos ou não podíamos fazer ou pensar. Até que ouve a ruptura da ciência com a religião dominante. Mas os caminhos da ciência ao abandonar a fé perdeu-se no materialismo, avançamos em tecnologia, conhecimento em todas as área construindo a face do ser racional ,o que não se deu no campo moral. As três medidas podem representar os aspectos da nossa personalidade: material, mental e emocional e a forma como nossas ações podem impactar na vida daqueles que cruzam nosso caminho. Nós espíritas carregamos nos ombros uma grande responsabilidade frente aos demais irmãos de jornada, porém muitas vezes nos perdemos pelo que as aparências demonstram. Não basta se intitular espírita para ser cristão! Em nossas ações cotidianas e familiares avaliamos coisas e situações ainda pela nosso modo de ver e não pela nova percepção das coisas ampliadas pelo conhecimento adquirido. ´ Precisamos nos questionar sobre nosso modo de agir: • com aqueles que vemos de vez em quando? ( parentes/convenções sociais), • com aqueles que encontramos todos os dias e nem temos qualquer tipo de contato? (ônibus ,padaria, supermercado); • com aqueles que se encontram debaixo do nosso teto?( e mantemos distantes de nós) • com aqueles que nos são queridos?(agindo com conivência) L.E. 460) De par com os pensamentos que nos são próprios,outros haverá que nos sejam sugeridos? L.E 461) Como havemos de distinguir os pensamentos que nos são próprios dos que nos são sugeridos? Paulo em sua I carta aos Corintios nos alerta: “Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda? Durante nossa pesquisa descobrimos que Emmanuel trabalha está passagem duas vezes no livro Fonte Viva. Numa delas alerta para nossa responsabilidades diante do outro conforme veremos a seguir: No cap.76 - Emmanuel esclarece que o fermento é uma substância que excita todas as outras substâncias e que nossa vida é um fermento espiritual com que influenciamos as existências alheias. Segundo Joana de Angelis temos em 600 mil pensamentos /dia, inevitavelmente recebemos de outras pessoas suas expressões mentais segundo a lei de sintonia. Os raios de nossa influencia entrosam-se com as emissões de qtos nos conhecem direta ou indiretamente a facilitar nossa ressonância para o bem ou para o mal. • Nossas palavras determinam as palavras de quem nos ouve e qdo não somos sinceros provavelmente nosso ouvinte tbm não o seja; • Nossos costumes gera no próximo uma costume de mesma natureza; • Nossas atitudes criam naqueles que nos rodeiam atitudes semelhantes; No cap.108 Emmanuel nos remete a avaliarmos nosso posicionamento diante de nos mesmo: • Nossa alma é núcleo de influência para os demais; • Nossos atos possuem linguagem positiva; • Nossas palavras atuam à distância; • Ações e reações caracterizam-nos a marcha; • Nossa conduta é livro aberto; • Cada dia emitimos sugestões para o bem ou para o mal; • Dirigentes arrastam dirigidos; • Servos inspiram administradores; Sabiamente nos questiona: Qual caminho nossa atitude está indicando? E ainda nos previne sobre o alimento espiritual que damos a vida que nos rodeia, ressaltando que as forças que hoje exteriorizamos em nossas atividades voltarão ao centro de nossa atividade amanhã. Segundo ele a mente é a sede de nossa atuação pessoal, onde estivermos. O pensamento : estabelece atitudes, gera hábitos depois governa expressões e palavras que influenciam a vida e o mundo O que devemos e precisamos doar para a vida para que a vida nos doe de volta e nos faça mais feliz? Qual substância íntima deveremos incluir no fermento que doamos à vida? Só poderemos doar aquilo que temos...e o que temos? Muitas coisas boas pois somos a imagem e semelhança daquele que nos criou e carregamos em estado latente todas as perfeições. Paulo fala com maestria destas perfeições em I Corintios 13: 1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine. 2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. 3 E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. 4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, 5 não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; 6 não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; 7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 8 O amor jamais acaba; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; 9 porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; 10 mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado. 11 Quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. 12 Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido. 13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor. Que esta mensagem seja o fermento a nos levedar durante toda a semana. Paz a todos.

Depois de um longo e tenebroso inverno de mim mesma...

Olá novamente! Andei meio sumida,ou melhor dizendo "inteira" sumida...rsrsrs. Para falar a verdade as coisas da vida estava um tanto quanto tumultuadas.Mas isso não importa mais! O que realmente vale a pena é o fato de podermos sempre recomeçar a fazer aquilo que nos dá alegria. Olha que tenho um tanto de coisa pra retomar e repensar. Vamos por partes!!!!Estou de volta e poderemos dividir ideias e somar experiências.